Nessa escola, uma das práticas é justamente meditar no cemitério, encarando a morte de frente (principalmente levando em conta que nos cemitérios antigos, os corpos eram deixados à vista até se decomporem...). O objetivo: não precisar de psicanálise para pensar na própria morte ;-) ou na impermanência de tudo.
Leiam:
6-14. As Nove Contemplações do Cemitério
14. "Novamente bhikkhus (monges), como se ele visse um cadáver jogado em um cemitério, um, dois, ou três dias depois de morto, inchado, lívido, e esvaindo matéria, um bhikkhu compara seu mesmo corpo com ele: ‘ Este corpo também tem a mesma natureza, será igual a ele, não está isento desse destino.’
15. "Dessa forma ele se estabelece contemplando o corpo no corpo internamente, externamente, ambos interna e externamente... E ele se estabelece independente, sem nenhum apego a qualquer coisa mundana. Assim também é como um bhikkhu se estabelece contemplando o corpo no corpo.
16. "Novamente bhikkhus, como se ele visse um cadáver jogado em um cemitério, sendo devorado por corvos, gaviões, abutres, cães, chacais, ou vários tipos de vermes, um bhikkhu compara seu mesmo corpo com ele: ‘ Este corpo também tem a mesma natureza, será igual a ele, não está isento desse destino.’
17. "... Assim também é como um bhikkhu se estabelece contemplando o corpo no corpo.
18-24."Novamente bhikkhus, como se ele visse um cadáver jogado em um cemitério, um esqueleto com carne e sangue, mantido unido por tendões... um esqueleto descarnado lambuzado de sangue, mantido unido por tendões... um esqueleto descarnado e sem sangue mantido unido por tendões... ossos desconectados espalhados em todas as direções – aqui um osso da mão, ali um osso do pé, aqui um osso da canela, ali um osso da perna, aqui um osso da bacia, ali um osso da coluna vertebral, aqui uma costela, ali um osso do peito, aqui um osso do braço, ali um osso do ombro, aqui um osso do pescoço, ali um osso da mandíbula, aqui um dente, ali um crânio — um Bhikkhu compara seu mesmo corpo com ele portanto: ‘ Este corpo também tem a mesma natureza, será igual a ele, não está isento desse destino.’
25. "... Assim também é como um bhikkhu se estabelece contemplando o corpo no corpo.
26-30."Novamente bhikkhus, como se ele visse um cadáver jogado em um cemitério, os ossos brancos desbotados, a cor de conchas... ossos amontoados, com mais de um ano... ossos apodrecidos e esfarelados convertidos em pó, um bhikkhu compara seu mesmo corpo com ele portanto: ‘ Este corpo também tem a mesma natureza, será igual a ele, não está isento desse destino.’
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